18 de novembro de 2011

Escuridão

Na escuridão revejo o meu destino vezes sem conta. Memórias do passado repassam como reflexos, lembranças que já não recordava e que afectam o meu caminho desenquadrado do presente. Em busca de um mar alto, de um vento forte, uma trovoada amaldiçoada que sossega o meu espírito desavergonhado sem que houvesse o amanhã. Desejos, não mais procura, o sentimento é enorme e tem receio em não desaparecer. Espera o amanhecer, o nascer de uma estrela, que trás luz, dá esperança ao acordar de uma ilusão sem quaisquer sinais. A paixão que faz girar o mundo desaparece de um louco que aproveita a vida de uma forma descabida, mata o seu corpo e ri-se com isso. Na escuridão existem muitos mistérios.

7 de novembro de 2011

A luz Negra

Na escuridão do tempo sobressaem sentimentos nunca antes imaginados, linguagens codificadas que se desenvolvem perante um ouvido completamente surdo. Os cérebros ligados às estrelas proporcionam uma visão paralela a um centro de gravidade nula e exploram um mundo que todos desconhecem e que lá não vive ninguém. Pudores destemidos ao cimo de uma luz negra reflectem sombras de espelhos desenquadrados por um mar sem fim, e deita-se ao luar novo, numa noite de céu de chuva sem saber de onde partiu nem para onde vai. A luz reflecte aquilo que na realidade nós somos.