25 de fevereiro de 2010

Alegria de Viver

Sinto orgulho em estar vivo, sinto prazer em ter prazer. Desejo tudo o que não posso ter e quero mais do que um simples querer.
Todavia, esta alegria, é vivida sem saber, por que o medo de morrer é maior do que o de viver.

Organização

Intervalos similares a uma pomba branca e uma montanha preta desaparecem no arco-íris como uma chuva de granizo. Realidade crua e doce amarga o vento perante os olhos de uma girafa com pintas aos quadrados e fustiga uma borboleta amarela. Harmonizados estão todos os seres intergalácticos, de planetas a luas desenvolvem saltos de anões gigantes que se riem ao jantar e comem flores de alecrim. Que triste evolução, que falta de pobreza no meio de tanta riqueza.

24 de fevereiro de 2010

Incertezas

Secreções iminentes pairam no ar, avistam neblinas espalhadas em ravinas destruídas por algo que não tem dó. O sol é uma estrela como todas as outras, coisas acontecem por que têm que acontecer, sem qualquer vontade, todas as outras morrem de inveja! Pensa-se em seres mitológicos, seres religiosos, personagens fantasma que outrora conquistaram livros de folhas e de papéis desenrolados sem que houvesse desejos de os congelar! A mim apetecia-me queimar, estradas sem destino, florestas sem sentido e uma lua no céu! Procuro certezas, encontro destrezas e não vejo, oiço.

22 de fevereiro de 2010

A luz

Uma luz no horizonte provoca um tumor no cérebro, deixando tudo por segundos, numa escuridão submersa. Pássaros azuis desaparecem no céu, estrelas nocturnas evaporam num sonho e uma queda faz rir a multidão. Será preciso existir o bem e o mal desde que o mal seja para bem dos outros e os outros que não me queiram mal. Tudo isto são filosofias perdidas num clarão, políticas que nascem no dia a dia sem esperar por um sermão.

21 de fevereiro de 2010

Viagens

Lençóis derramados como folhas de papel, amaldiçoados. Nem sei onde a deixei, nem onde te escondeste mas não tarda; todo esse mistério irá ao cimo da montanha russa gritar, para aliviar a dor da adrenalina. É mentira, não havia razão para tanta obsessão, dinheiros, viagens, carros, mulheres e homens despidos até virarem penas de nevoeiros, e quem diz que não? Antigamente as pessoas voavam sem máquinas sem metralhadoras, sem respirar ou engolir. Maravilhosa aventura espera sempre por um velho que não sente dor, que não vê e não tem medo porque a mentira será para sempre uma meia verdade.